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24 de janeiro de 2015

Guiado pelas boas cervejas do Brasil

 

O bom guia é aquele que te guia, certo? Pois ando bem guiado por um livrinho chamado As 100 Melhores Cervejas Brasileiras – uma seleção para iniciantes e iniciados (Ed. Leya, 224 pgs, R$ 29,90).

O autor, Mauricio Beltramelli, é sommelier e um dos maiores conhecedores da bebida no Brasil, editor do site Brejas e dono do bar de mesmo nome em Campinas (SP).

Após a introdução inteligente, sobre o prazer de se entregar ao universo de uma bebida que possui mais de 120 estilos no mundo, criados para os mais variados momentos de consumo, o autor deixa claro que a lista de rótulos apresentada é apenas uma das muitas possíveis na “revolução silenciosa” que ocorre através dos pequenos produtores de cerveja no Brasil.

“Ao contrário do que dizem as peças publicitárias (…) nos intervalos dos jogos do seu time, uma cerveja não precisa ser mensurada pelo número de caixas bebidas, nem ser feita necessariamente para ser barata, ou apresentada aos amigos que querem beber despreocupadamente no churrasco”, escreve Beltramelli.

Papo de Bar

As garrafas são apresentadas com foto e na ordem alfabética, de acordo com a cervejaria, e comentários espirituosos, bons casos e histórias dos produtores e suas filosofias traçam belo panorama da atual produção nacional.

Em textos breves, o autor explica os parâmetros de avaliação das cervejas, indicados ao lado de cada escolhida. Sem complicar, confere de um a três pontos para os níveis de amargor, dulçor e corpo. Quanto à aparência, classifica a bebida apenas como ‘clara’, ‘escura’ ou ‘avermelhada’. E sugere o melhor copo e a temperatura ideal de consumo.

Brasil Afora

Na lista das 100, a cervejaria mineira Wäls é a campeã de referências, com 8 rótulos escolhidos. A curitibana Bodebrown e a catarinense Eisenbahn empatam na segunda posição, com sete rótulos cada uma.

Também se destacam produtores como Way (Paraná), Backer (Minas), Seasons (Rio Grande do Sul), Bamberg, Baden Baden, Colorado e Invicta (São Paulo).

Para quem curte explorar estilos e receitas além do comum, há na lista bebidas como a defumada Ogre Beer Caldo de Bituca, uma ‘bamberg-style bock rauchbier’ feita no Paraná, cumprindo o ideal dos produtores dedicados a “cervejas brutas”.

Ou a Tupiniquim Lost in Translation, uma IPA gaúcha que utiliza leveduras ‘selvagens’ e obtém acidez, classificada pelo autor como ‘american-style brett beer’. Para ler e beber.

Conheça aqui a cerveja de trigo e limão que está abalando a cena carioca.




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