Deixa eu te ver, peixe – Boca no Mundo
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16 de janeiro de 2014

Deixa eu te ver, peixe

Peixaria com Dj? O reino de Namor, o Príncipe Submarino, já não é mais o mesmo. Seus súditos se espalham sobre o gelo recebendo o luxo da névoa ‘gelada’ que sai de pequenas torneiras, efeito especial da pista onde a turma dança.

De um lado, bichinhos como amêijoas, percebes, ostras, vieiras, caracóis e navalhas do mar. Do outro, observando o salão de nariz empinado, robalos, carapaus, atuns, linguados, pargos, cavalas, sardinhas, polvos…

Ao longo da parede, discos espelhados em tons de azul buscam efeitos de oceano. E são mares de Portugal.

Na região boemia do Chiado, a caminho do Bairro Alto de Lisboa, o Sea Me criou para si a categoria ‘peixaria moderna’.

Camarão e Caracol

Entre visões contemporâneas de receitas tradicionais e a onda oriental com sushiman de plantão, paira no ambiente a pergunta que deve nortear todo restaurante onde há coisas frescas do mar para consumo imediato: vai cru ou na grelha?

Conheça aqui a peixaria que é restaurante com preços saborosos em Barcelona.

Escolhi porções de rosados camarões-espinhos cozidos, e ‘burriés’, pequenos caracóis que a gente pesca com a pinça, com sabor doce de algas e água do mar.

Vieram todos à mesa sobre camada de gelo, divertindo a boca ao lado de um vinho branco e fresco da Filipa Pato, este enterrado na geleira.

Pedi também a salada de king crab, salmão defumado e aspargos, tão boa quanto esperava (foto acima), e o peixe inteiro ao final: um vermelho limpo, ‘desossado’ e grelhado na brasa.

Para temperar, veio à mesa bela novidade no departamento dos sais: o sal líquido de Formentera, região espanhola nas Ilhas Baleares.

Com as entradas, o prato e o vinho, mais couvert, águas e cafés, a conta fechou em 72 euros.

Pergunte ao Poeta

Passando o olho pelas seções do menu, há outras sugestões sedutoras como vieiras coradas com tártaro de manga e flor de sal; bombons de atum, mozarela, basilico e sweet chili; e o sushi de bacalhau fresco, azeite de alho, coentro e amêndoas.

O restaurante também visita o polvo a lagareiro, as sardinhas em escabeche, as amêijoas à Bulhões Pato e outros clássicos. Para estas, assim como as ostras, a casa tem viveiros próprios em Ria Formosa, parque natural na região do Algarve.

A qualquer momento é possível levar os frutos do mar para cozinhar em casa, ou escolher na lojinha em anexo produtos como os hambúrgueres de salmão com lula. Nos fins de semana, o DJ toca ao lado do bar onde vinhos e drinques animam o burburinho do balcão.

Para chegar ao Sea Me, pergunte ao poeta português. Encare a estátua no Largo de Camões e siga em frente pela Rua do Loreto. O toldo azul marinho anuncia o restaurante.

Sea Me. Rua do Loreto, 21, Chiado, Lisboa. Tel.: 21-346-15-65. Domingo a Quinta, das 12h à 0h; sex e sáb, das 12h às 2h. Aceita todos os cartões.




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