Evoé, Momo
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A vida e as pessoas são assim: há o lado de fora e o de dentro. Bom é quando os dois encantam. Como os petiscos. Porque o mundo dá muitas vodkas, sempre disse o pensador: bolinho vai, bolinho vem.
“Dona Maria, tem água viva aí? Me vê uma porção à dorê”.
Todo boteco tem seus engraçados, ainda bem. Cheguei tarde e não havia mais refeição, embora a pescada frita pudesse descer em postas.
“Tá sete mil o metro quadrado na Tijuca, onde é que isso para”, o careca dizia.
Aproveitei a deixa da bolha para encomendar uma tijucana de pescoço longo, loura da Cerpa em homenagem à terra de Aldir. E puxei assunto: “Saúde, pessoal”.
No Bar do Momo é assim, o caldinho tem fiapos de carne seca, bacon e salsinha. A carne seca do pastel é como a do ensopado, meio cremosa. O bolinho de arroz é o melhor da cidade.
O camelô, de quebra, conserta celular e Nextel, vende brinquedo da Xuxa e anel de borracha para panela de pressão.
Desce um maracujá. Dizem que a fórmula tem uísque, cachaça, anis, vodka… Quer dizer, veja bem: atrás do balcão há um relógio que gira no sentido oposto. Ou seja, vai ficando cada vez mais cedo. Me vê o copo anterior.
Bar do Momo. Rua General Espírito Santo Cardoso 50, Tijuca (2570-9389). Segunda a sexta, das 6h às 2h; sábado, das 6h às 22h; e domingo, das 6h às 18h. Só aceita dinheiro.